quinta-feira, 26 de maio de 2011

os medos...

Os medos são tantos, não sei se algum dia os conseguirei enumerar todos, pese embora que diga que não tenho medo de nada..típica atitude masculina, que no entanto é tão falsa como muitas das nossas atitudes diárias e banais..mas os medos, como dizia, são tantos que ao longo de todo este tempo se foram acumulando que me esqueci de ter medo...contraditório? talvez... na essência é simples, temos sempre medo de qualquer coisa, só que estes medos são tantos acumulados ao longo de uma vida que a certa altura nem nos lembramos que temos medo de algo... e isso é bom.. menos uma preocupação... eu tenho medo... tenho medo de tudo, senão vejamos...há medos que são momentâneos, ou de uma certa altura da nossa vida...há outros que duram para sempre..eu tenho medo de morrer sozinho... de não ter ninguém, tenho medo de ficar numa cama onde não me possa mexer, onde alguém terá de cuidar de mim...tenho medo de envelhecer, tenho medo de não ser lembrado, tenho medo de ser lembrado pelas piores razões, tenho medo que surja algum percalço na minha vida já por demais frágil, tenho medo pelas minhas filhas, não por mim, já passei por dificuldades...tenho medo de ser demasiado orgulhoso, tenho medo de acordar sem ti, tenho medo de te tocar, medo de te beijar, medo de já te ter perdido, medo do que se passou ter sido irremediável, tenho medo de que estejas comigo porque não tens como nem para onde ir, tenho medo de que te estejas a enganar, medo de sequer pensar em certas situações, medo de não pensar nelas, medo da insegurança, medo da ansiedade, medo do que fica por dizer, medo de te recordar e ser completamente diferente, medo de esquecer a tua cara, medo de esquecer o teu sorriso, medo de esquecer como me olhavas, tenho medo de me afastar, tenho de não me recordar como era na infância, medo de ter sido feliz, medo de ter conhecido o melhor homem da minha vida, medo que senti quando ele morreu, medo dessa saudade imensa, medo de ir ao cemitério visita-lo, medo de estar a mais de 2000 km e não querer telefonar, medo do meu passado, medo das opções erradas dos outros, medo daquilo que me tornei, medo de não superar situações, medo do futuro incerto, medo de acabar tudo, medo de ti... enfim alguns medos, muitos medos, demasiados medos para que a minha masculinidade possa admiti-los todos...

li isto algures..pareceu-me bem

Li isto em algum sitio na net..pareceu-me bem, pareceu-me ser isto que quero, no masculino é claro, mas simplesmente isto..é pedir demais? neste momento tudo é muito, e demais parece o infinito..

"...quero os gestos, os carinhos, os mimos, os abraços e os beijos. Quero os bons-dias pela manhã, quando ainda estamos naquele soninho gostoso que nos faz ter vontade de espreguiçar e sorrir só porque sim. Quero o duche contigo, sem pressas e com tempo para te provocar e sentir dentro de mim. Quero um dia de trabalho contigo no pensamento e com a vontade de sorrir só de pensar em ti e no toque das tuas mãos nos meus ombros. Quero terminar o dia de trabalho e sa
ber que em algum lugar te vou ter à minha espera. Quase que vou voando ao teu encontro tal é a vontade de beijar esses lábios. Quero chegar à parte da noite, a altura mais especial do meu dia contigo, e vestir-me de uma forma sensual para ti. Colocar a lingerie que tanto aprecias, por o perfume que mais gostas e, simplesmente, dar-te todo o prazer que mereces. Quero provar-te, sentir-te dentro de mim e implorar que me dês mais de ti. Quero o nosso prazer, a nossa paixão, a tesão, a cumplicidade, o carinho e o amor. Quero tudo e mais ainda... Retribuir-te o sentimento e deixar-te na vontade por muito mais. Quero adormecer do teu lado e sentir que os dias são perfeitos assim. Que a felicidade é construída sobre pedacinhos de mim e de ti neste mundo tão nosso."
enfim..dar tempo ao tempo..quanto mais tempo?

é esse o espirito afinal..

Há dias em que tenho uma sensação forte que me falta algo, que tenho algo engasgado que não me sai, que sinto um aperto no peito e não consigo descrever.... afinal parece que era isto..

L’esprit de escalier:

É aquele sentimento com que ficamos no final de uma conversa, é aquele momento em que pensamos em todas as coisas que poderíamos ter dito mas não dissemos.

Bem-vindos ao L'esprit de escalier...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

febre de uma tarde..

Amor electro, Jorge Palma, António Variações, Mundo Cão, todos cantam em português, todos têm alguma letra que me diz alguma coisa, uns mais que os outros, uns já trazem recordações, outros apenas momentos... uns escuridão, outros claridade, em algo, algum sitio escondido bem no fundo de mim, que não percebe ainda o que anda aqui a fazer..
algo que já me apercebi, há coisa que não consigo ultrapassar, essas, não apenas as de agora, as de á muitos anos, aquelas mal explicadas que foram ficando, as outras onde fiquei para trás quando deveria ter sido o 1º... pelo menos à erros que não cometerei...ou pelo menos espero não os cometer, tento..tentarei...trocarei tudo para ninguém sentir alguma vez uma pequena parte do que penso de mim e sinto..estou cansado da luta constante, de não avançar e cada vez parecer recuar um pouco mais... da indecisão de decisões que já á muito deveriam ter sido tomadas, da indiferença dos dias que passam e dos sentimentos..tenho saudades das tardes ao sol, dos relatos no rádio a meio da tarde, das conversas, dos jogos de cartas, da ajuda verdadeira sem 2ªs intenções, do sorriso simpático, de memórias recentes, boas preferencialmente...de más basta a realidade, basta a incerteza, basta a desconfiança, o medo, o não saber se estou a fazer certo ou errado...de tudo, de todos, disto e daquilo, do querer e não puder.. demasiado ansioso? quero tudo ao mesmo tempo? não sei dar tempo ao tempo? talvez...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

li isto algures num blog..pareçeu-me ..familiar

Os Desgostos de Amor

Se me perguntarem do que mais tenho saudades no passado não é dos desgostos de amor.
De cada vez que os vejo bem lá atrás, enterrados às três pancadas, bem fundo, ou apenas à superfície sorrio pela paz, pelos dias sem atritos do presente.
Ainda lembro quando a dor me toldava a vida inteira, consumindo-me como uma espécie de sombra que me perseguia em cada música, filme, café, rua, perfume. Nada me trazia o esquecimento, nenhuma conversa era suficientemente anestesiante, nenhum filme suficientemente poderoso, nenhum livro ultrapassava o desgosto sentido bem nas entranhas de mim. Encarar os outros um martírio, explicar o que se passava uma tortura.
Nada, rigorosamente nada me esvaziava daquilo que me enchia o que precisava de espaço. Queria respirar e doía, queria conversar sobre outra coisa qualquer, mas na minha voz apenas habitava o desabafo, queria olhar um espaço em branco, mas tudo se preenchera com a sua imagem.
Os desgostos de amor consomem muito de nós e nada os aplaca além de um dia atrás do outro. Só mesmo o tempo, por muito lugar comum que possa soar, nos dá outra perspectiva de tudo.
Os desgostos de amor são como uma morte ao contrário, como ter que aprender a viver sem alguém que está vivo e ao nosso lado. Enterrar uma pessoa que vive é das tarefas mais hercúleas que se podem dar ao coração e o meu não tem a menor saudade de se sentir magoado.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

eu tenho um livro..

eu tenho um livro, não..., é mais um pequeno caderno, um sitio onde posso escrever o que me vai na alma, amor, ódio, frustrações, pensamentos, enfim um pouco daquilo que sou...
eu tenho um livro, novamente não...tenho um monte de folhas onde rabisco e desenho onde exercito os meus fracos traços, onde descrevo algo que me interessou, vi ou lembrei..
eu tenho um ...qualquer coisa, não o leio, é importante não o ler... faz com que me sinta pior o que lá está escrito, não me alegra, antes pelo contrário, entristece-me, dá-me saudades, relembra maus momentos, e faz-me sentir mal em geral..
não me serve para nada esta coisa onde escrevo...apenas para libertar aquela parte de mim que ninguém quer ver, que ninguém quer ouvir, que ninguém está interessada em conhecer, que eu mesmo desconheço ás vezes...
Não me interessa o que lá escrevo, mas ás vezes se alguém o lê-se talvez percebe-se onde estou, onde quero chegar e não consigo, o porque de algumas atitudes, o que me fez sentir nesta ou naquela ocasião..
eu tenho um livro...pode-se dizer que talvez seja um livro, pelo menos se não seguirmos o conceito de que tem de estar editado e ser vendido para ser um livro... é no entanto algo onde me habituei a escrever e que serve apenas esse sentido

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Justissimo

O Benfica é fraco! não é novidade e esta época provou-o mais uma vez, que está longe do GRANDE Benfica que era antigamente, perde o campeonato nas 4 primeiras jornadas com a aposta (teimosa) num guarda redes, que por muito bom que possa ser, não pode entrar de estaca numa equipa que não conhece... perde a possibilidade de estar em 2 finais e salvar a época depois de estar praticamente com um pé lá... justo vencedor o Braga ontem, erros atrás de erros de um treinador que tem de aprender a ser humilde e principalmente aprender a escolher a melhor equipa em favor do resultado...e uma equipa que não se percebe está de rastos psicológica e fisicamente...se jogassem em Espanha ou Inglaterra o que fariam estes jogadores? pediam ferias a meio da época? é que eles lá jogam 2 ou mais vezes por semana.... o Braga vai ter uma grande final com a equipa que este jogou melhor em Portugal, boa sorte aos 2 e que ganhe a que jogar melhor porque o caneco vem para Portugal na mesma :)